LARRY BELL Ã
THE CARNIVAL SERIES
White Cube São Paulo
Rua Agostinho Rodrigues Filho 550 - São Paulo
15/2/2014 - 22/3/2014
Importante nome da arte contemporânea norte-americana, o artista Larry Bell terá pela primeira vez uma mostra dedicada exclusivamente ao seu trabalho no Brasil a partir do dia 15 de fevereiro, na White Cube São Paulo. A mostra ‘The Carnival Series’, que fica em cartaz até o dia 22 de março, traz pinturas e esculturas inéditas, além de outras produzidas nas décadas de 80 e 90.
Bell iniciou sua carreira no começo dos anos 60, quando a cena de artes plásticas americana fazia a transição do Expressionismo Abstrato e o Pop Art para o Minimalismo, e fez parte do movimento “Light and Space” (Luz e Movimento), formado por um grupo seleto de artistas renomados, como Robert Irwing – com quem chegou a ter aulas de pintura em aquarela –, James Turrell, Peter Alexander, Craig Kauffman, John McCracken, Doug Wheeler e Maria Nordman, entre outros.
O artista deu os primeiros passos na pintura, mas logo passou a criar colagens usando vidro e espelho, materiais que obtinha em seu trabalho diurno numa loja de molduras. Essas assemblages foram o embrião das chamadas “caixas de sombra”, pequenas instalações que, por sua vez, evoluíram para as “Esculturas em Cubo”, talvez a sua série mais icônica. Durante o processo de produção das faces parcialmente refletivas destes cubos, Bell descobriu uma técnica de revestimento industrial metálica, com a qual conseguia cobrir uniformemente uma superfície de vidro, um tipo de acabamento que subvertia visualmente o volume espacial e a translucidez da escultura. O norte-americano aprimorou ainda mais o método que inventara ao adquirir o seu próprio tanque a vácuo, uma máquina de grandes proporções que possibilitou novas explorações e diferentes maneiras de manipular esse procedimento.
Dez obras da famosa série de Bell conhecida como “Mirage Paintings” (Pinturas de Miragem), que consiste em trabalhos compostos por camadas de papéis de origens diversas, películas e tinta acrílica aplicada, integram a mostra em São Paulo. Concebidas a partir do final dos anos 80, as colagens continuam a brincar com temas de ambiguidade espacial e ilusão ótica. As obras ganham suas formas não apenas através da interferência do alumínio na superfície dos materiais, mas também na compressão, absorção e aderência das películas à tela, por meio de um processo de laminação aquecida. A exposição inclui Spider Web, a primeira “Mirage Painting” criada por Bell, Second Chance e Leon, todas de 1988, além de trabalhos mais recentes da série, como Chequered Demon #193 (1990) e The Vertical Landscape #192 (1990), onde o artista aprofundou a sua experimentação com materiais, a pintura gestual e passou a usar uma palheta de cores mais clara, fatores que elevaram o nível de complexidade das obras.
A série de colagens ‘The Mardi Gras’ ou ‘The Carnival Series’, modo como Bell se refere a elas, são suas mais coloridas e festivas montagens até o momento. Nestes trabalhos, o artista revisita a forma feminina clássica, apresentando a figura sentada de maneira audaciosamente Pop, o que o artista descreve como carnaval, daí o nome da mostra.
Em suas colagens mais recentes, o norte-americano se escora na linguagem do Cubismo com montagens de bordas sinuosas cortadas que se assemelham à figura feminina ou, talvez, o formato curvado de um violão. Bell repetiu estas formas em três esculturas, suspensas por fios de nylon, feitas com Mylar, uma película de poliéster, revestidas em ambos os lados para criar uma superfície espelhada. Em seguida, ele faz uma espécie de nó com o próprio filme, criando um objeto cinético multidimensional que constantemente reflete e refrata a sempre variável luz natural do espaço que o cerca.
Larry Bell nasceu em Chicago, em 1939, e hoje vive e trabalha entre Los Angeles e a cidade de Taos, no Novo México. Suas obras já percorreram diversos museus dos EUA, em mostras individuais, que incluem o Pasadena Art Museum, Califórnia (1972); Oakland Museum of Art, Califórnia (1973); Fort Worth Art Museum, Dallas (1975 e 1977); Washington University, Missouri (1976); Detroit Institute of Arts, Michigan (1982); Museum of Contemporary Art, Los Angeles (1986); Denver Art Museum, Colorado (1995) e o Albuquerque Museum, Novo México (1997). Mais recentemente, o artista realizou exposições solo no Kunstmuseum Bergen, Noruega (1998), e no Reykjavik Municipal Art Museum, Islândia (1998), além de uma retrospectiva no Carré d’Art Musée d’art Contemporain de Nimes, France (2011). Em 2012, Bell participou da grande mostra coletiva ‘Pacific Standard Time: Art in LA 1945-1980’, sediada no Getty Center, em Los Angeles, que celebrou a arte contemporânea da Costa Oeste americana daquele período. Em outubro de 2014, o Chinati Foundation, em Marfa, no Texas, inaugura uma exposição dedicada exclusivamente às grandes instalações de vidro de Larry Bell.
THE CARNIVAL SERIES
White Cube São Paulo
Rua Agostinho Rodrigues Filho 550 - São Paulo
15/2/2014 - 22/3/2014
Importante nome da arte contemporânea norte-americana, o artista Larry Bell terá pela primeira vez uma mostra dedicada exclusivamente ao seu trabalho no Brasil a partir do dia 15 de fevereiro, na White Cube São Paulo. A mostra ‘The Carnival Series’, que fica em cartaz até o dia 22 de março, traz pinturas e esculturas inéditas, além de outras produzidas nas décadas de 80 e 90.
Bell iniciou sua carreira no começo dos anos 60, quando a cena de artes plásticas americana fazia a transição do Expressionismo Abstrato e o Pop Art para o Minimalismo, e fez parte do movimento “Light and Space” (Luz e Movimento), formado por um grupo seleto de artistas renomados, como Robert Irwing – com quem chegou a ter aulas de pintura em aquarela –, James Turrell, Peter Alexander, Craig Kauffman, John McCracken, Doug Wheeler e Maria Nordman, entre outros.
O artista deu os primeiros passos na pintura, mas logo passou a criar colagens usando vidro e espelho, materiais que obtinha em seu trabalho diurno numa loja de molduras. Essas assemblages foram o embrião das chamadas “caixas de sombra”, pequenas instalações que, por sua vez, evoluíram para as “Esculturas em Cubo”, talvez a sua série mais icônica. Durante o processo de produção das faces parcialmente refletivas destes cubos, Bell descobriu uma técnica de revestimento industrial metálica, com a qual conseguia cobrir uniformemente uma superfície de vidro, um tipo de acabamento que subvertia visualmente o volume espacial e a translucidez da escultura. O norte-americano aprimorou ainda mais o método que inventara ao adquirir o seu próprio tanque a vácuo, uma máquina de grandes proporções que possibilitou novas explorações e diferentes maneiras de manipular esse procedimento.
Dez obras da famosa série de Bell conhecida como “Mirage Paintings” (Pinturas de Miragem), que consiste em trabalhos compostos por camadas de papéis de origens diversas, películas e tinta acrílica aplicada, integram a mostra em São Paulo. Concebidas a partir do final dos anos 80, as colagens continuam a brincar com temas de ambiguidade espacial e ilusão ótica. As obras ganham suas formas não apenas através da interferência do alumínio na superfície dos materiais, mas também na compressão, absorção e aderência das películas à tela, por meio de um processo de laminação aquecida. A exposição inclui Spider Web, a primeira “Mirage Painting” criada por Bell, Second Chance e Leon, todas de 1988, além de trabalhos mais recentes da série, como Chequered Demon #193 (1990) e The Vertical Landscape #192 (1990), onde o artista aprofundou a sua experimentação com materiais, a pintura gestual e passou a usar uma palheta de cores mais clara, fatores que elevaram o nível de complexidade das obras.
A série de colagens ‘The Mardi Gras’ ou ‘The Carnival Series’, modo como Bell se refere a elas, são suas mais coloridas e festivas montagens até o momento. Nestes trabalhos, o artista revisita a forma feminina clássica, apresentando a figura sentada de maneira audaciosamente Pop, o que o artista descreve como carnaval, daí o nome da mostra.
Em suas colagens mais recentes, o norte-americano se escora na linguagem do Cubismo com montagens de bordas sinuosas cortadas que se assemelham à figura feminina ou, talvez, o formato curvado de um violão. Bell repetiu estas formas em três esculturas, suspensas por fios de nylon, feitas com Mylar, uma película de poliéster, revestidas em ambos os lados para criar uma superfície espelhada. Em seguida, ele faz uma espécie de nó com o próprio filme, criando um objeto cinético multidimensional que constantemente reflete e refrata a sempre variável luz natural do espaço que o cerca.
Larry Bell nasceu em Chicago, em 1939, e hoje vive e trabalha entre Los Angeles e a cidade de Taos, no Novo México. Suas obras já percorreram diversos museus dos EUA, em mostras individuais, que incluem o Pasadena Art Museum, Califórnia (1972); Oakland Museum of Art, Califórnia (1973); Fort Worth Art Museum, Dallas (1975 e 1977); Washington University, Missouri (1976); Detroit Institute of Arts, Michigan (1982); Museum of Contemporary Art, Los Angeles (1986); Denver Art Museum, Colorado (1995) e o Albuquerque Museum, Novo México (1997). Mais recentemente, o artista realizou exposições solo no Kunstmuseum Bergen, Noruega (1998), e no Reykjavik Municipal Art Museum, Islândia (1998), além de uma retrospectiva no Carré d’Art Musée d’art Contemporain de Nimes, France (2011). Em 2012, Bell participou da grande mostra coletiva ‘Pacific Standard Time: Art in LA 1945-1980’, sediada no Getty Center, em Los Angeles, que celebrou a arte contemporânea da Costa Oeste americana daquele período. Em outubro de 2014, o Chinati Foundation, em Marfa, no Texas, inaugura uma exposição dedicada exclusivamente às grandes instalações de vidro de Larry Bell.